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Foto do escritorMauro Press Maksuri

Mesmo amando, como se libertar e sair de um relacionamento tóxico?

A resposta abaixo vai para a pergunta de Marilda Lorenzetti. Gratidão!

Se você quiser me enviar também uma pergunta, poste nos comentários desse artigo.

Abraço

Maksuri

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Mesmo amando, como se libertar e sair de um relacionamento tóxico?

O primeiro relacionamento saudável que você precisa construir e tornar indestrutível é consigo mesma!

Como você não tem um bom relacionamento consigo mesma, não se ama o suficiente, não se aprecia, valoriza e não confia plenamente em seu potencial e destino, por isso atrai ou escolhe relacionamentos tóxicos com outras pessoas!

Como se libertar então de relações tóxicas que lhe fazem mal, trazendo debilidade, doença, problema econômico, carência afetiva, conflito, dependência, medo, raiva e/ou tristeza?

Primeiro, se perdoando a si mesma por estar nesta situação. E perdoando a outra pessoa por estar contribuindo com esta situação.

Pare de culpar a si mesma ou a outra pessoa. Compreenda que o outro também está nessa situação porque não tem uma boa relação consigo mesmo!

Uma pessoa saudável emocionalmente escolhe se relacionar com outras em estado semelhante.

A não ser que seja um terapeuta ou coach que foi contratado para ajudar uma pessoa com problema emocional. Aí sim escolhe se relacionar com essa pessoa para ajudá-la profissionalmente.

Mas quanto a escolher um companheiro ou companheira amorosa, amigos e colegas de trabalho, pessoas saudáveis emocionalmente preferem escolher conviver com outras também equilibradas e centradas.

A saúde emocional tem a ver com equilíbrio entre atração e repulsão, prazer e dor.

Ou seja, você escolhe o que lhe atrai e dá prazer mas sem se apegar a isso, sabendo que tudo que é externo é transitório e um dia irá embora. Então você desfruta, dá seu melhor e recebe o melhor do outro, dentro de um respeito mútuo e liberdade responsável.

E você aceita que há situações e pessoas que lhe causam rejeição ou dor, pois são mestres que nos ensinam o que nos falta trabalhar em nós mesmos.

O que você mais rejeita no outro, lhe perturba no outro, ocorre assim porque é o que você também rejeita em si mesma! Reflita sobre isso…

E claro, essa situações e pessoas que te desagradam também estão te ensinando que você deve ser capaz de colocar uma distância saudável, respeituosa, e não deixar que o outro invade seu espaço e lhe cause dano.

Se alguém nos agride, precisamos dar um basta e com firmeza e diplomacia comunicar como nos sentimos e o que esperamos e pedimos da outra pessoa.

Essas pessoas também estão nos ensinando paciência, compaixão, generosidade, firmeza e congruência no exemplo que damos a elas.

E o que você mais ama no outro, é o que mais ama em si mesma. Ou é um potencial que você tem mas está adormecido e a outra pessoa está lhe ajudando a ativar.

As pessoas que lhe fazem se sentir bem, forte, amada, respeitada e admirada, também são mestres que estão nos ensinando que temos uma bondade fundamental, humana, e que quando o coração está saudável, pode se expressar livremente.

Ensinam que o mundo tem esperança, e um dia todos os seres humanos poderão viver felizes e em harmonia.

Mas para que isso aconteça, cada um precisa fazer sua parte, individualmente.

Qual parte?

Gerar dentro de si o amor para amar e contribuir com o bem estar e a felicidade dos demais.

O amor próprio, a autoestima, é a base do amor. É reconhecer, agradecer, apreciar e valorizar o que você tem de melhor: seus dons, talentos, virtudes, paixões, sonhos, valores, princípios, superações, aprendizagens e realizações. A alegria que sente em viver e o amor que sente pelos demais.

A autoestima se forma ao parar de se comparar com os outros, e ver suas qualidades, sua luz. E se amar por isso, agradecer a Deus por ser quem é, e compreender que essas fortalezas indicam qual sua missão e propósito no mundo!

Quando você ama quem é, sem se comparar com os outros, sem se sentir inferior nem superior, sem ficar arrogante por isso, mas sendo seguro de si mesma, e leva um estilo de vida ditado pelo seu coração, você se sente feliz consigo mesma, independente das situações e pessoas ao seu redor.

Se você está descontente com aspectos da sua vida, mude-os para que se sinta feliz e em paz com seu coração.

Não diga que não pode mudar porque você ama uma pessoa que não quer essa mudança.

Se essa pessoa te ama, ela quer você feliz, e por tanto vai respeitar as mudanças que você quer fazer.

Se você ama essa pessoa, é mais uma razão para você mudar e ser feliz, porque assim poderá ser um exemplo inspirador para ela.

Se você tem filhos, não os coloque como impedimento para a mudança. Ao contrário, atue para ser uma mãe ou pai feliz, e assim dar exemplo a eles de que se pode ser feliz, seguindo a voz do coração com autoestima e autoconfiança.

Ao se perdoar e perdoar o outro, significa que você solta a raiva, o medo e a tristeza e deixa que fluam para fora de si. Porque se culpar ou culpar o outro não traz soluções e causa sofrimento.

Em vez de culpa ou ressentimento, tenha autorresponsabilidade pela sua vida! E a transforme para que seja feliz.

Mas lembre que o que mais deixa felizes aos seres humanos, é viver em um ambiente onde haja respeito, confiança, honestidade, responsabilidade, carinho, admiração, humildade, harmonia e liberdade. Onde se possa fazer o que ama e servir à felicidade dos demais. Onde seu coração possa se expressar com espontaneidade e autenticidade, e os demais também.

É sua responsabilidade criar, atrair ou escolher um ambiente assim!

Ao se amar a si mesma como você amaria a sua filha mais amada, você vai cuidar mais de si, saber se proteger, se expressar, se motivar e se inspirar.

Então, o seguinte passo é conviver com pessoas positivas, felizes, saudáveis e que tem um propósito de vida que vai além delas mesmas. Juntos se apoiam a progredir externamente e evoluir internamente. Juntos servem a humanidade e o planeta.

Ter uma família faz sentido se esta família faz parte de uma tribo ou comunidade assim, e contribui com a causa!

Você gosta de que lhe respeitem o livre arbítrio, verdade?

Então respeite o dos demais! Se uma pessoa que convive com você é negativa, tóxica, e não quer mudar, não quer se purificar emocionalmente, não quer desenvolver sua inteligência emocional e evoluir, respeite-a e deixe ela viver a vida que escolheu.

Confronte ela! Expresse com firmeza e amor o que você sente, o que pensa, o que necessita, o que deseja para si mesma e para quem lhe rodeia. Fale qual sua expectativa para com ela, quais os valores de que você não abre mão.

E a escute em silêncio, quando for o momento dela responder. Com amor, compaixão e objetividade.

Se a outra pessoa que convive com você se mostra aberta, positiva e sinceramente comprometida em aprender com quem sabe e é exemplo, em receber ajuda profissional, em se transformar para o bem da relação entre vocês… lhe dê uma oportunidade!

Se ele for congruente, maravilha! Agradeça o outro por sua atitude e o apoie como puder.

E se não for congruente, foram apenas palavras jogadas ao vento e essa pessoa não aprende nada, não busca ajuda, não muda nada em si mesma… então aceite que ela ainda não está pronta, e encerre a relação para o bem de ambos!

Tenha coragem, porque relações baseadas no medo não conduzem à felicidade, e sim à infelicidade.

É preciso coragem para se amar, para amar os demais, para viver uma vida feliz e construir relações felizes!

Coragem para se desapegar, para fluir, para decidir ser feliz e atuar nessa direção!

E foco em aprender, crescer, mudar e ensinar continuamente. A prioridade é evoluir e servir. A prioridade não é seu companheiro ou companheira. Um casal se apoia para evoluir mais rapido e para servir melhor. Nessas condições que o amor floresce e dá frutos!

Os resultados irão compensar o esoforço e a coragem. Chegarão com o tempo! Tenha paciência e persistência. E tenha uma tribo, comunidade ou grupo de amigos positivos que lhe apoiem e dêem contenção. Em especial, tenha um mentor ou mentora valente, amoroso e sábio que lhe oriente.


Abraço no coração

Maksuri

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